Nossa Senhora da Soledade retrata a Virgem Maria de pé, com olhar triste e com trajes pretos ou roxos. Suas mãos aparecem juntas, sobre o peito, com os dedos cruzados, ou seguram um lenço para secar suas lágrimas. Sua cabeça está coberta por um véu comprido, que se estende até os pés.
Em outras imagens, a Mãe do Salvador encontra-se sentada ou de pé junto à cruz, fitando com os olhos lacrimosos a cruz.
Segura um lençol de linho, lembrando aquele que envolveu o corpo do seu filho morto.
A devoção a Nossa Senhora da Soledade é muito antiga na Igreja. Depois que os cristãos saíram das catacumbas e receberam permissão para o seu culto público, fizeram os primeiros crucifixos. Posteriormente, passaram a representar junto à cruz a imagem da Mãe de Deus que sofre com a paixão e a morte de Jesus.
A devoção desenvolveu-se na Espanha, particularmente no Sul.
Os espanhóis trouxeram a devoção para o Brasil, por ocasião da dominação andaluza, no século XVII. Fixou-se em Salvador, Bahia.
Da Bahia, a devoção propagou-se para outros lugares, sobretudo Minas Gerais. Há diversas igrejas e cidades mineiras com o nome de Nossa Senhora da Soledade.
Em Minas Gerais, uma das primeiras povoações que recebeu o nome mariano foi Soledade de Itajubá, a atual Delfim Moreira. Foi fundada ainda no tempo dos bandeirantes.