Cadeia montanhosa na Palestina, perto do mar Mediterrâneo, o Carmelo, cantado na Bíblia por sua beleza e rica vegetação, foi o cenário de atuação do profeta Eliseu, o qual defendeu a pureza da fé israelita no Deus vivo. No século XII, alguns eremitas fundaram lá a Ordem dos Carmelitas, de vida contemplativa, sob o patrocínio da Virgem Maria.
São Simão Stock (1165-1265), de origem inglesa, era eremita. Posteriormente, tornou-se carmelita, tendo sido eleito o superior geral da Ordem. A Virgem Maria lhe apareceu em 16 de julho de 1251 e lhe entregou o escapulário, como símbolo de união com a Mãe de Deus e sinal de devoção e pertença a ela. Foi denominada Nossa Senhora do Carmo.
Em 1322, o Papa João XXII aprovou o uso do escapulário como sinal de proteção. O Pontífice solicitou aos que o usassem que rezassem, diariamente, três Ave-Marias e três Glórias em honra à Virgem Maria, suplicando o seu amparo e a salvação eterna.
O Papa João Paulo II testemunhou o seguinte:
"Eu devo muito, nos anos de juventude, ao escapulário carmelitano. É encantador que a mãe se mostre sempre solícita e se preocupe com a roupa dos filhos, para que se apresentem bem vestidos.
Essa veste é o escapulário. E quando se rasga, a mãe procura consertá-lo. A Virgem do Carmo fala-nos desse cuidado maternal, dessa preocupação em vestir-nos no sentido espiritual.
Vestirnos com a graça de Deus e ajudar-nos a conservar essa roupa sempre limpa"